terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A operação da nossa princesa

A Beatriz já foi operada ontem e correu bem. Tínhamos combinado com o médico estar na clínica por volta das 16h. para a operação ser efectuada por volta das 17.30. Assim o fizemos, chegamos à clínica e fizemos a inscrição, pouco depois disseram para nós irmos para a sala de espera de otorrino que alguém nos viria chamar. Eu estava um pouco nervosa, o pai estava calmo e a Beatriz estava ansiosa, perguntava: quando é a nossa vez? Passava pouco das 17h quando alguém nos chamou, penso que era a médica anestesista e logo à entrada deu um copo de “sumo” á Beatriz (leia-se anestesia). Disse para a despirmos e a deitarmos numa cama, ela estava ainda mais ansiosa, sorria muito, subia e descia da cama até que a determinada altura (não mais do que 5 minutos) ela começou a perder o equilíbrio com plena noção de que algo se estava a passar. Neste meio termo, por volta das 17:15 vem novamente a médica para a levar para o bloco. Nós ficamos com o coração apertadinho a guardar na sala de espera, vi os minutos todos a passar que me pareceram uma eternidade, quando eram sensivelmente 18.00 eu já estava mesmo desesperada sem saber noticias e já a tinha ouvido chorar. Eram sensivelmente 18.15 quando nos vieram chamar para a irmos ver.
Custou-me tanto tanto ver a minha menina num estado de semi a dormir semi acordada a mexer-se muito sem se quer conseguir controlar os seus próprios movimentos que foi inevitável…chorei chorei. O pai manteve-se calmo e só dizia para eu me acalmar porque ela sentiria que estava em desespero e que ela assim ficaria pior. Eu encontrei forças não sei bem onde e lá comecei a falar com ela, a acalma-la porque ela cada vez estava mais desesperada, agitada sobretudo porque via algum sangue que lhe ia saindo do nariz. Depois queixava-se do algodão que tinha nos ouvidos, que tinha muita sede, que tinha frio, tudo sintomas normais de quem acabou de sair de uma operação com anestesia geral, enfim foram minutos terríveis para ela e para nós. Mas mais uma vez eu tive provas que tenho uma filha encantadora, que pouco a pouco foi vindo a si. Pedia para se vir embora, porque é que tinha de estar à espera do médico, depois acabou por adormecer o meu colo, coisa que já não acontecia para não exagerar à anos. Com toda esta situação junta-se o facto de o Afonso ainda estar com a Ama, que já estava alertada para o facto de nós o irmos buscar mais tarde, mas este mais tarde representou mais das 21.30. Quando o fui buscar já tinha jantado e estava a dormir. Mais uma vez obrigada Ama Ana. È nestes e em todos os momentos que sinto falta da família. Temos de regressar…temos mesmo de regressar.

3 comentários:

Mar disse...

Mas o importante é que tudo correu bem. Mas custa sempre, são momentos desesperantes e angustiantes.

Bjs e rápida recuperação.

Maria José disse...

Bem nem imagino o que sentiste, és uma mãe fantástica
Mas o importante é que correu muito bem e já passou o pior
bjokas

Maria Vicente disse...

Não é fácil ve-los assim, sei bem o que é.
O importante é que ela vai ficar bem.
Beijinhos e boa recuperação