quinta-feira, 8 de abril de 2010

Férias da Páscoa - O Resumo

Nestas férias da Páscoa fomos visitar a minha irmã e restante família ao Luxemburgo.
Para o Carlos, Beatriz e Afonso era a 1.ª vez que visitavam o Luxemburgo e para a Bia e o Afonso era a 1.ª vez que iam andar de avião.
Os bilhetes foram reservados em Novembro e para aproveitar os preços low-cost iríamos para o aeroporto de Frankfurt na Alemanha. Tudo estava planeado ou parecia estar.
No dia da viagem aparecemos o 1.º contratempo no chek-in do aeroporto de Lisboa. Havia problemas com o bilhete do Afonso e não podíamos ir no voo planeado. Para não perdermos os bilhetes, acabou por embarcar o Carlos e a Beatriz e eu fiquei com o Afonso para resolver o problema e ir no voo da tarde. Foi uma manhã de stress e de correria.
Enquanto eu aguardava para embarcar em Lisboa, o pai e a Bia, o meu cunhado e sobrinhas esperavam por nós no Aeroporto na Alemanha. Foi um dia cansativo, com o Afonso a dormir ao meu colo e a comermos sandes.
O voo correu bem, ele nunca dormiu, chamou a atenção a toda a tripulação, foi três vezes à casa de banho. Ao chegarmos ao aeroporto de Frankfurt, desde a saída do avião até chegarmos finalmente à saída final, isto porque o Carlos conseguiu trazer toda a bagagem, tive de andar bastante sempre com o Afonso ao colo. Quando cheguei até eles quase já nem me segurava de pé. Mas ao ver a família toda o mau estar passou…
Lá fomos todos de carro rumo ao Luxemburgo onde nos esperava a minha irmã com o jantar de boas vindas.
Passado o 1.º dia de férias que se resumiu ao dia da viagem, lá andamos a passear pelo Luxemburgo. Não é que este país tenha muito que visitar, é um país pequeno mas com um nível de vida bastante, bastante superior ao nosso. É muito bem organizado, limpo, aparentemente sem problemas sociais. Agora que o luxemburguês passou a língua oficial, todos se esforçam por a utilizar, no entanto, para nós é uma língua bastante estranha e de difícil compreensão.
Claro, não fossemos nós típicos portugueses a comida nunca faltou, chegando mesmo ao exagero…agora há que fazer atenção!!!
Apanhamos um tempo bastante instável, frio e chuvoso. A temperatura nunca passou dos 9 graus de máxima.
Sendo as minhas sobrinhas umas jovens com vontade de mostrar aquilo que tem no seu país de acolhimento lá nos convenceram a ir a um bar/discoteca. Há muito que não via um movimento tão grande neste tipo de bar em Portugal. Numa rua com imensos bares, não havia nenhum que não tivesse filas de espera para entrar. Dentro quase que o ambiente se tornava irrespirável com a quantidade de gente que havia lá dentro. Não havia consumo mínimo obrigatório como na maioria dos bares em Portugal. Apenas um senão, pelos menos para mim que sou não fumadora, pode-se fumar à vontade nestes recintos…
Á noite eles ainda têm os “nigth riders”, que são autocarros que após marcação prévia nos podem ir buscar e levar a casa, não havendo assim problemas com a condução no caso de se beber mais do que o normal…
Sendo um país pequeno, não há os centros comerciais em quantidade nem em grandeza dos de Portugal, no entanto, os que existem estão sempre apinhados de gente, não a passear mas a comprar o que significa que estas pessoas continuam a ter poder de compra. Nem na época do Natal há tanto movimento nas compras como aquele que eu lá vi…
Assim fomos passando os dias, entre passeios, almoços e jantares, conversas e algum descanso.
A viagem de regresso foi na madrugada do dia 5. É aqui que surge outro contratempo no chek-in, o bilhete do Carlos “parecia” não estar confirmado e por esse motivo não poderia embarcar. Só poderia ser brincadeira ou maldição!!!!
Mas não era, e lá começamos outra correria para saber o porquê do bilhete não estar confirmado, sendo ele exactamente igual aos restantes.
Lá rumamos para o balcão da TAP. Não havia ninguém que fala-se português, nem que nos explica-se qual era o problema com o bilhete. Ligaram para Portugal, mas como era de esperar não havia ninguém disponível: eram 4.30H da manhã!!! Teríamos de esperar que o balcão da TAP em Portugal abrisse às 9h, isto significaria que teríamos de viajar sem o pai.
O tempo passava e ninguém nos dava solução, eu tive de ir fazer o embarque com os miúdos e o pai a tentar saber porque não poderia embarcar.
Eu estava mesmo triste, como é que poderia estar acontecer outra vez, seria maldição ou um presságio para que não viajássemos juntos?
Já dentro do avião ligo ao Carlos para saber da situação e quando ele me diz que está tudo na mesma, comecei mesmo a mentalizar-me que teria de viajar sozinha com os miúdos e apanhar as malas… fiquei mesmo triste, o meu coração estava apertadinho.
Quando já estávamos mesmo prontos para partir, com cintos e tudo, alguém aparece ao meu lado aperta-me na mão com uma mão gelada… Olho e era o pai! Que alivio!
O que o pai fez foi deixar o balcão da TAP e dirigiu-se ao local de embarque e expos a situação toda, mostrou os bilhetes e deixaram-no entrar…só assim sem problemas! Enfim há cada coisa. Temos de ser mesmo atrevidos e arriscar.
O Afonso dormiu a viagem toda como seria de esperar a Beatriz apenas dormitou um pouco. E assim foi a sua 1.ª viagem de avião, um pouco turbulenta, mas com um bom final, isto porque a minha filha não sabia o que era andar de avião e me disse antes de cada viagem:
Numa voz muito baixinha, ao meu ouvido
- “Sabes mãe, eu pedi a Deus e a Jesus que a viagem corra bem”
Fiquei sem palavras e quase duvidei, mas apesar dos contratempos correu tudo bem…

Esperamos que para a próxima corra tudo mesmo bem…

1 comentário:

Teresa disse...

Que bom! Só pena esses contratempos...
beijinhos
teresa